samedi 22 janvier 2011

23 de Janeiro de 2011 – 3º Domingo do Tempo Comum (Semana III do Saltério) – Ano A

A Liturgia deste domingo apresenta-nos o projeto de salvação e de vida plena que Deus tem para oferecer ao mundo e aos homens: o projeto do “Reino”.

Na Primeira Leitura, o profeta/poeta Isaías anuncia uma luz que Deus irá fazer brilhar por cima das montanhas da Galiléia e que porá fim às trevas que submergem todos aqueles que estão prisioneiros da morte, da injustiça, do sofrimento, do desespero.
A Segunda Leitura apresenta as vicissitudes de uma comunidade de discípulos, que esqueceram Jesus e a sua proposta. Paulo, o apóstolo, exorta-os veementemente a redescobrirem os fundamentos da sua fé e dos compromissos assumidos no batismo.
O Evangelho descreve a realização da promessa profética: Jesus é a luz que começa a brilhar na Galiléia e propõe aos homens de toda a terra a Boa Nova da chegada do “Reino”. Ao apelo de Jesus, respondem os discípulos: eles serão os primeiros destinatários da proposta e as testemunhas encarregadas de levar o “Reino” a toda a terra.

Isaías 8, 23; 9, 1-3
Não haverá senão obscuridade e angústia nesta terra. No tempo passado, o SENHOR humilhou a terra de Zabulon e o país de Neftali; no futuro cobrirá de glória o caminho do mar, do outro lado do Jordão, a Galiléia dos gentios.
O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; habitavam numa terra de sombras, mas uma luz brilhou sobre eles.
Multiplicaste a alegria, aumentaste o júbilo; alegram-se diante de ti como os que se alegram no tempo da colheita, como se regozijam os que repartem os despojos.
Pois Tu quebraste o seu jugo pesado, a vara que lhe feria o ombro e o bastão do seu capataz, como na jornada de Madian.

Salmos 27, 1.4.13-14

O SENHOR é minha luz e salvação:

de quem terei medo?
O SENHOR é o baluarte da minha vida:
quem me assustará?
Uma só coisa peço ao SENHOR
e ardentemente a desejo:
é habitar na casa do SENHOR
todos os dias da minha vida,
para saborear o seu encanto
e ficar em vigília no seu templo.
Creio, firmemente, vir a contemplar
a bondade do SENHOR,
na terra dos vivos.
Confia no SENHOR!
Sê forte e corajoso,
e confia no SENHOR!
I Carta aos Coríntios 1, 10-13.17
Peço-vos, irmãos, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que estejais todos de acordo e que não haja divisões entre vós; permanecei unidos num mesmo espírito e num mesmo pensamento. Pois, meus irmãos, fui informado pelos da casa de Cloé, que há discórdias entre vós.
Refiro-me ao fato de cada um dizer: «Eu sou de Paulo», ou «Eu sou de Apolo», ou «Eu sou de Cefas», ou «Eu sou de Cristo». Estará Cristo dividido? Porventura Paulo foi crucificado por vós? Ou fostes batizados em nome de Paulo?
Na verdade, Cristo não me enviou a batizar, mas a pregar o Evangelho, e sem recorrer à sabedoria da linguagem, para não esvaziar da sua eficácia a cruz de Cristo.

Evangelho segundo São Mateus 4, 12-23
Tendo ouvido dizer que João fora preso, Jesus retirou-se para a Galiléia. Depois, abandonando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade situada à beira-mar, na região de Zabulon e Neftali, para que se cumprisse o que o profeta Isaías anunciara: “Terra de Zabulon e Neftali, caminho do mar, região de além do Jordão, Galiléia dos gentios. O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz; e aos que jaziam na sombria região da morte surgiu uma luz.” A partir desse momento, Jesus começou a pregar, dizendo: «Convertei-vos, porque está próximo o Reino do Céu.»
Caminhando ao longo do mar da Galiléia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes: «Vinde comigo e Eu farei de vós pescadores de homens.» E eles deixaram as redes imediatamente e seguiram-no.
Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, os quais, com seu pai, Zebedeu, consertavam as redes, dentro do barco. Chamou-os, e eles, deixando no mesmo instante o barco e o pai, seguiram-no.
Depois, começou a percorrer toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino e curando entre o povo todas as doenças e enfermidades.

Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia
e em seguida Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, n°14, 2
«Vinde Comigo e Eu farei de vós pescadores de homens»
Que pescaria admirável a do Salvador! Admirai a fé e a obediência dos discípulos. Como sabeis, a pesca exige uma atenção ininterrupta. Ora, no meio da sua labuta, eles ouvem o chamamento de Jesus e não hesitam um instante; não dizem: «Deixa-nos ir a casa falar com a nossa família». Não, eles deixam tudo e seguem-No, como Eliseu fizera com Elias (I Rs 19, 20). Esta é a obediência que Cristo nos pede, sem a menor hesitação, mesmo que necessidades aparentemente mais urgentes nos pressionem. É por isso que quando um jovem que queria segui-Lo perguntou se podia ir sepultar o pai, nem isso Ele o deixou fazer (Mt 8, 21). Seguir Jesus, obedecer à Sua palavra, é um dever que tem prioridade sobre todos os outros.
Dir-me-ás talvez que a promessa que Ele lhes fazia era demasiado grande? É por isso que os admiro tanto: embora não tendo ainda assistido a nenhum milagre, eles acreditaram nessa promessa tão grande e renunciaram a tudo para segui-Lo! Foi porque acreditaram que, com as mesmas palavras com que eles próprios haviam sido como que pescados, também eles poderiam pescar outros.

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=readings&localdate=20110123
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=commentary&localdate=20110123

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