dimanche 2 janvier 2011

02 de Janeiro de 2011 – Domingo da Epifania do Senhor (Semana I do Saltério) – Ano A

A liturgia deste Domingo leva-nos à manifestação de Jesus como "a luz" que atrai a si todos os povos da terra. Essa "luz" encarnou na nossa história, a fim de iluminar os caminhos dos homens com uma proposta de salvação/libertação.
A Primeira Leitura, anuncia a chegada da luz salvadora de Jahwéh, que alegrará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo.
A Segunda Leitura apresenta o projeto salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos - a comunidade de Jesus.
No Evangelho, vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os "magos", atentos aos sinais da chegada do messias, que o aceitam como "salvação de Deus" e o adoram. A salvação, rejeitada pelos habitantes de Jerusalém, torna-se agora uma oferta universal.

Isaías 60, 1-6
Levanta-te e resplandece, Jerusalém,
que está a chegar a tua luz!
A glória do SENHOR amanhece sobre ti!
Olha: as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos,
mas sobre ti 
amanhecerá o SENHOR.
A sua glória vai 
aparecer sobre ti.
As nações caminharão 
à tua luz,
 e os reis ao esplendor da tua aurora.
Levanta os olhos e vê à tua volta:
todos esses se reuniram para vir ao teu encontro.
Os teus filhos chegam de longe,
e as tuas filhas são transportadas nos braços.
Quando vires isto, ficarás radiante de alegria;
o teu coração palpitará e se dilatará,
porque para ti afluirão as riquezas do mar,
e a ti virão os tesouros das nações.
Serás invadida por uma multidão de camelos,
pelos dromedários de Madian e de Efá.
De Sabá virão todos trazendo ouro e incenso,
e proclamando os louvores do SENHOR.

Salmos 72 (71), 1-2.7-8.10-13
Ó Deus, concede ao rei a tua retidão
e a tua justiça ao filho do rei,
para que julgue o teu povo com justiça
e os teus pobres com eqüidade.
Em seus dias florescerá a justiça
e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da terra.
Os reis de Társis e das ilhas oferecerão tributos;
os reis de Sabá e de Seba trarão suas ofertas.
Todos os reis se prostrarão diante dele;
todas as nações o servirão.
Ele socorrerá o pobre que o invoca
e o indigente que não tem quem o ajude.
Terá compaixão do humilde e do pobre
e salvará a vida dos oprimidos.

Carta aos Efésios 3, 2-3.5-6
Irmãos: se ao menos soubésseis da graça que Deus me concedeu para realizar o seu plano a vosso respeito, e como, por revelação, tive conhecimento do mistério.
Este mistério Deus não o fez conhecer aos homens das gerações passadas, mas acaba de o revelar agora, pelo Espírito, aos seus santos apóstolos e profetas: os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho.

Evangelho segundo São Mateus 2, 1-12
Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, chegaram a Jerusalém uns magos vindos do Oriente. E perguntaram: «Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.» Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes perturbou-se e toda a Jerusalém com ele.
E, reunindo todos os sumos sacerdotes e escribas do povo, perguntou-lhes onde devia nascer o Messias. Eles responderam: «Em Belém da Judéia, pois assim foi escrito pelo profeta: ‘E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as principais cidades da Judéia; porque de ti vai sair o Príncipe que há de apascentar o meu povo de Israel.’»
Então Herodes mandou chamar secretamente os magos e pediu-lhes informações exatas sobre a data em que a estrela lhes tinha aparecido. E, enviando-os a Belém, disse-lhes: «Ide e informai-vos cuidadosamente acerca do menino; e, depois de o encontrardes, vinde comunicar-mo para eu ir também prestar-lhe homenagem.»
Depois de ter ouvido o rei, os magos puseram-se a caminho. E a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles, até que, chegando ao lugar onde estava o menino, parou. Ao ver a estrela, sentiram imensa alegria; e, entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, adoraram-no; e, abrindo os cofres, ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonhos para não voltarem junto de Herodes, regressaram ao seu país por outro caminho.

Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Bruno de Segni (c. 1045-1123), bispo
1º sermão sobre a Epifania; PL 165, 863 (a partir da trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 334)
Ouro, incenso e mirra.
Guiados pela estrela, os magos que vieram do Oriente até Belém entraram na casa onde a Bem-aventurada Virgem Maria se encontrava com o Menino; e, abrindo os seus tesouros, ofereceram três coisas ao Senhor: ouro, incenso e mirra, pelos quais confessaram que Ele era verdadeiramente rei, verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem.  
São também estes os dons que a Santa Igreja não cessa de oferecer a Deus, seu Salvador. Oferece o incenso, quando crê e confessa que Ele é o verdadeiro Senhor, o Criador do universo; oferece a mirra, quando afirma que Ele tomou a substância da nossa carne, na qual quis sofrer e morrer pela nossa salvação; oferece o ouro quando não hesita em proclamar que Ele reina eternamente, com o Pai e o Espírito Santo. [...]  
Esta oferenda pode ainda adquirir outro sentido místico. Segundo Salomão, o ouro significa a sabedoria celeste: «O tesouro mais desejável encontra-se na boca do sábio» (Pr 21, 10). [...] De acordo com o salmista, o incenso simboliza a oração pura: «Senhor, que a minha oração se eleve na Tua presença como nuvens de incenso» (Sl 140, 2). Pois quando a nossa oração é pura, exala em direção a Deus um perfume mais puro que o fumo do incenso; e, assim como este fumo se eleva para o céu, assim a nossa oração se dirige ao Senhor. A mirra simboliza a mortificação da nossa carne. Assim, pois, oferecemos ouro ao Senhor quando resplandecemos na Sua presença pela luz da sabedoria celeste. [...] Oferecemos-Lhe incenso quando elevamos para Ele uma oração pura. E oferecemos-Lhe mirra quando, por meio da abstinência, «mortificando a nossa carne, com os seus vícios e as suas cobiças» (Ga 5, 24), levamos a cruz atrás de Jesus.

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=readings&localdate=20110102
http://www.cancaonova.com/portal/canais/liturgia/index.php?dia=2&mes=1&leitura=4
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=commentary&localdate=20110102

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