mardi 1 février 2011

1º de Fevereiro de 2011 – Terça-feira da 4ª Semana do Tempo Comum (Semana IV do Saltério) – Ano A – Cor Litúrgica: Verde

Carta aos Hebreus 12, 1-4
Deste modo, também nós, circundados como estamos de tal nuvem de testemunhas, deixando de lado todo o impedimento e todo o pecado, corramos com perseverança a prova que nos é proposta, tendo os olhos postos em Jesus, autor e consumador da fé. Ele, renunciando à alegria que lhe fora proposta, sofreu a cruz, desprezando a ignomínia, e sentou-se à direita do trono de Deus.
Considerai, pois, aquele que sofreu tal oposição por parte dos pecadores, para que não desfaleçais, perdendo o ânimo. Ainda não resististes até o sangue na luta contra o pecado.

Salmos 22 (21), 26-28.30-32
De ti vem o meu louvor
na grande assembléia;
cumprirei os meus votos
na presença dos teus fiéis.
Os pobres comerão
e serão saciados;
 louvarão o SENHOR,
os que o procuram.
"Vivam para sempre os vossos corações."
Hão de lembrar-se do SENHOR
e voltar se para Ele
todos os confins da terra;
hão de prostrar-se diante dele
todos os povos e nações,
Diante dele hão de prostrar-se
todos os grandes da terra;
diante dele hão de inclinar-se
todos os que descem ao pó
e assim deixam de viver.
Uma nova geração o servirá
e narrará aos vindouros
as maravilhas do Senhor;
ao povo que vai nascer
dará a conhecer a sua justiça,
contará o que Ele fez.

Evangelho segundo São Marcos 5, 21-43
Depois de Jesus ter atravessado, no barco, para a outra margem, reuniu-se uma grande multidão junto dele, que continuava à beira-mar. Chegou, então, um dos chefes da sinagoga, de nome Jairo, e, ao vê-lo, prostrou-se a seus pés e suplicou instantemente: «A minha filha está a morrer; vem impor-lhe as mãos para que se salve e viva.»
Jesus partiu com ele, seguido por numerosa multidão, que o apertava. Certa mulher, vítima de um fluxo de sangue havia doze anos, que sofrera muito nas mãos de muitos médicos e gastara todos os seus bens sem encontrar nenhum alívio, antes piorava cada vez mais, tendo ouvido falar de Jesus, veio por entre a multidão e tocou-lhe, por detrás, nas vestes, pois dizia: «Se ao menos tocar nem que seja as suas vestes, ficarei curada.» De fato, no mesmo instante se estancou o fluxo de sangue, e sentiu no corpo que estava curada do seu mal. Imediatamente Jesus, sentindo que saíra dele uma força, voltou-se para a multidão e perguntou: «Quem tocou as minhas vestes?» Os discípulos responderam: «Vês que a multidão te comprime de todos os lados, e ainda perguntas: 'Quem me tocou?’» Mas Ele continuava a olhar em volta, para ver aquela que tinha feito isso. Então, a mulher, cheia de medo e a tremer, sabendo o que lhe tinha acontecido, foi prostrar-se diante dele e disse toda a verdade. Disse-lhe Ele: «Filha, a tua fé salvou-te; vai em paz e sê curada do teu mal.»
Ainda Ele estava a falar, quando, da casa do chefe da sinagoga, vieram dizer: «A tua filha morreu; de que serve agora incomodares o Mestre?» Mas Jesus, que surpreendera as palavras proferidas, disse ao chefe da sinagoga: «Não tenhas receio; crê somente.» E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago.
Ao chegar a casa do chefe da sinagoga, encontrou grande alvoroço e gente a chorar e a gritar. Entrando, disse-lhes: «Por quê todo este alarido e tantas lamentações? A menina não morreu, está a dormir.» Mas faziam troça dele. Jesus pôs fora aquela gente e, levando consigo apenas o pai, a mãe da menina e os que vinham com Ele, entrou onde ela jazia.
Tomando-lhe a mão, disse: «Talitha qûm!», isto é, «Menina, sou Eu que te digo: levanta-te!» E logo a menina se ergueu e começou a andar, pois tinha doze anos. Todos ficaram assombrados. Recomendou-lhes vivamente que ninguém soubesse do sucedido e mandou dar de comer à menina.

Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Jerônimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, Doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de São Marcos, n°3 (a partir da trad. SC 494, p. 129 rev.)
«Levanta-te»
«Tomando-lhe a mão, disse: 'Talitha qûm', que significa: 'Menina [...], levanta-te!'» «Porque nasceste segunda vez, serás chamada 'menina'. Menina, levanta-te por Mim, não porque o mereças, mas pela ação da Minha graça. Levanta-te, portanto, por Mim: a tua cura não provém da tua força.» «E logo a menina se levantou e começou a andar.» Que Jesus nos toque, a nós também, e logo começaremos a andar. Embora estejamos paralisados, embora as nossas obras sejam más e não possamos andar, embora estejamos deitados no leito dos nossos pecados [...], se Jesus nos tocar, ficaremos imediatamente curados. A sogra de Pedro estava atormentada pela febre: Jesus tocou-lhe com a mão, ela levantou-se e serviu-O imediatamente (Mc 1, 31). [...]
«Todos ficaram assombrados. Recomendou-lhes vivamente que ninguém soubesse do sucedido.» Eis a razão porque Ele mandou sair toda aquela multidão para fazer um milagre. Ele mandou, e não só mandou, mas ordenou que ninguém soubesse. Ele ordenou aos três apóstolos, e ordenou também aos pais que ninguém soubesse. O Senhor ordenou a todos, mas a menina não pôde ficar calada, ela que se tornou a levantar.
«E mandou dar de comer à menina»: para que a sua ressurreição não fosse considerada como a aparição de um fantasma. E Ele próprio, depois da Sua ressurreição, comeu peixe e um bolo de mel (Lc 24, 42). [...] Suplico-te, Senhor, que também a nós que estamos deitados nos toques com a Tua mão; levanta-nos do leito dos nossos pecados e põe-nos a andar. Quando estivermos a andar, manda darem-nos de comer. Deitados, não podemos comer; se não estivermos levantados, não seremos capazes de receber o Corpo de Cristo.

Fontes:

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