vendredi 7 janvier 2011

09 de Janeiro de 2011 – Domingo do Batismo do Senhor (Semana II do Saltério) - Ano A

A Liturgia deste domingo tem como cenário de fundo o projeto salvador de Deus. No batismo de Jesus nas margens do Jordão, revela-se o Filho amado de Deus, que veio ao mundo enviado pelo Pai, com a missão de salvar e libertar os homens. Cumprindo o projeto do Pai, Ele fez-se um de nós, partilhou a nossa fragilidade e humanidade, libertou-nos do egoísmo e do pecado e empenhou-Se em promover-nos, para que pudéssemos chegar à vida em plenitude.
A Primeira Leitura anuncia um misterioso “Servo”, escolhido por Deus e enviado aos homens para instaurar um mundo de justiça e de paz sem fim… Investido do Espírito de Deus, Ele concretizará essa missão com humildade e simplicidade, sem recorrer ao poder, à imposição, à prepotência, pois esses esquemas não são os de Deus.
A Segunda Leitura reafirma que Jesus é o Filho amado que o Pai enviou ao mundo para concretizar um projeto de salvação; por isso, Ele “passou pelo mundo fazendo o bem” e libertando todos os que eram oprimidos. É este o testemunho que os discípulos devem dar, para que a salvação que Deus oferece chegue a todos os povos da terra.
No Evangelho, aparece-nos a concretização da promessa profética: Jesus é o Filho/“Servo” enviado pelo Pai, sobre quem repousa o Espírito, e cuja missão é realizar a libertação dos homens. Obedecendo ao Pai, Ele tornou-se pessoa, identificou-se com as fragilidades dos homens, caminhou ao lado deles, a fim de promovê-los e de levá-los à reconciliação com Deus, à vida em plenitude.
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Isaías 42, 1-4.6-7
“Eis o meu servo, que Eu amparo,
o meu eleito, que Eu preferi.
Fiz repousar sobre ele o meu espírito,
para que leve às nações a verdadeira justiça. 
Ele não gritará, não levantará a voz,
não clamará nas ruas. 
Não quebrará a cana rachada,
não apagará a mecha que ainda fumega.
Anunciará com toda a fidelidade
a verdadeira justiça. 
Não desanimará, nem desfalecerá,
até estabelecer na terra o direito,
as leis que os povos das ilhas esperam dele. 
Eu, o SENHOR,
chamei-te por causa da justiça,
segurei-te pela mão;
formei-te e designei-te
como aliança de um povo
e luz das nações; 
para abrires os olhos aos cegos,
para tirares do cárcere os prisioneiros,
e da prisão, os que vivem nas trevas.” 

Salmos 29 (28), 1-4.9-10
Filhos de Deus, prestai ao SENHOR,
prestai ao SENHOR glória e honra.
Prestai ao Senhor a glória do seu nome,
adorai o SENHOR no seu átrio sagrado.
A voz do SENHOR ressoa sobre as águas,
o Deus glorioso faz ecoar o seu trovão,
o SENHOR está sobre a vastidão das águas.
A voz do SENHOR é poderosa,
a voz do SENHOR é cheia de majestade.
A voz do SENHOR retorce os carvalhos,
 despoja as árvores dos bosques.
No seu santuário todos exclamam: "Glória!"
Para além do dilúvio, está sentado o SENHOR;
o SENHOR está sentado como rei eterno.

Atos dos Apóstolos 10, 34-38
Então, Pedro tomou a palavra e disse: “Reconheço, na verdade, que Deus não faz acepção de pessoas, mas que, em qualquer povo, quem o teme e põe em prática a justiça, lhe é agradável. 
Enviou a sua palavra aos filhos de Israel, anunciando-lhes a Boa-Nova da paz, por Jesus Cristo, Ele que é o Senhor de todos. 
Sabeis o que ocorreu em toda a Judéia, a começar pela Galiléia, depois do batismo que João pregou: como Deus ungiu com o Espírito Santo e com o poder a Jesus de Nazaré, o qual andou de lugar em lugar, fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com Ele.” 

Evangelho segundo São Mateus 3, 13-17
Então, veio Jesus da Galiléia ao Jordão ter com João, para ser batizado por ele. João opunha-se, dizendo: «Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti, e Tu vens a mim?» Jesus, porém, respondeu-lhe: «Deixa por agora. Convém que cumpramos assim toda a justiça.» João, então, concordou. 
Uma vez batizado, Jesus saiu da água e eis que se rasgaram os céus, e viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e vir sobre Ele. E uma voz vinda do Céu dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado.» 

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Homilia atribuída a Santo Hipólito de Roma (?-c. 235), presbítero e mártir 
Homilia do Século IV para a Epifania, A Santa Epifania
PG 10, 852 (a partir da trad. Orval et Delhougne, p. 336 rev.)
«No Qual pus todo o Meu agrado»
Cristo, o Criador de todas as coisas, desceu do céu como o orvalho, deu-Se a conhecer como uma fonte, expandiu-Se como um rio (Os 6, 3; Jo 4, 14; 7, 38) e foi batizado no Jordão. [...] A fonte inalcançável, da qual brota a vida para todos os homens e que não tem fim, foi oculta por águas pobres e efêmeras. Aquele que está presente em toda a parte, que de parte alguma Se encontra ausente, Aquele que é inalcançável pelos anjos e que é invisível aos homens, recebe o batismo por Sua vontade. [...] 
«E eis que se rasgaram os céus, e viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e vir sobre Ele. E uma voz vinda do Céu dizia: 'Este é o Meu Filho muito amado, no Qual pus todo o Meu agrado'.» O bem-amado gera amor, a luz imaterial gera «a luz inacessível» (I Tim 6, 16). «Este é o Meu Filho muito amado». [...] Na arca de Noé, a pomba manifestou o amor de Deus pelos homens (Gn 8, 11). Nesta altura, o Espírito desceu sob a mesma forma, uma forma semelhante àquela que trouxe um ramo de oliveira, e deteve-Se sobre Aquele de Quem deu testemunho. Por quê? Para que se compreendesse com certeza que se tratava efetivamente da voz do Pai [...]: «A voz do Senhor sobre as águas, o Deus da glória desencadeou o trovão, o Senhor sobre a massa das águas» (Sl 28, 3). O que diz esta voz? «Este é o Meu Filho muito amado, no Qual pus todo o Meu agrado». É Aquele a quem chamam o Filho de José, e é o Meu Filho único segundo a divindade. «Este é o Meu Filho muito amado»: tem fome e alimentou numerosas multidões, sofre e consola aqueles que sofrem; não teve onde repousar a cabeça, mas tem o universo na Sua mão, sofre e cura as dores. Dão-Lhe bofetadas, mas Ele concede a liberdade ao mundo, trespassam-Lhe o lado, mas Ele reparou o lado de Adão.

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php

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