mercredi 9 février 2011

10 de Fevereiro de 2011 – Quinta-feira da 5ª Semana do Tempo Comum (Semana I do Saltério) – Ano A – Cor Litúrgica: Branca – Santa Escolástica, Monja (Memória)

Gênesis 2, 18-25
O Senhor Deus disse: «Não é conveniente que o homem esteja só; vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele.» Então, o Senhor Deus, após ter formado da terra todos os animais dos campos e todas as aves dos céus, conduziu-os até junto do homem, a fim de verificar como ele os chamaria, para que todos os seres vivos fossem conhecidos pelos nomes que o homem lhes desse. O homem designou com nomes todos os animais domésticos, todas as aves dos céus e todos os animais ferozes; contudo, não encontrou auxiliar semelhante a ele.
Então, o Senhor Deus fez cair sobre o homem um sono profundo; e, enquanto ele dormia, tirou-lhe uma das suas costelas, cujo lugar preencheu de carne. Da costela que retirara do homem, o Senhor Deus fez a mulher e conduziu-a até ao homem. Então, o homem exclamou: «Esta é, realmente, osso dos meus ossos e carne da minha carne. Chamar-se-á mulher, visto ter sido tirada do homem!»
Por esse motivo, o homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua mulher; e os dois serão uma só carne. Estavam ambos nus, tanto o homem como a mulher, mas não sentiam vergonha.

Salmos 127 (128), 1-5
Felizes os que obedecem ao SENHOR
e andam nos seus caminhos.
Comerás do fruto do teu próprio trabalho:
assim serás feliz e viverás contente.
Tua esposa será como videira fecunda
na intimidade do teu lar;
os teus filhos serão
como rebentos de oliveira
ao redor da tua mesa.
Assim vai ser abençoado
o homem que obedece ao SENHOR.
O SENHOR te abençoe do monte Sião!
Possas contemplar a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida.

Evangelho segundo São Marcos 7, 24-30
Partindo dali, Jesus foi para a região de Tiro e de Sidon. Entrou numa casa e não queria que ninguém o soubesse, mas não pôde passar despercebido, porque logo uma mulher que tinha uma filha possessa de um espírito maligno, ouvindo falar dele, veio lançar-se a seus pés. Era gentia, siro-fenícia de origem, e pedia-lhe que expulsasse da filha o demônio.
Ele respondeu: «Deixa que os filhos comam primeiro, pois não está bem tomar o pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos.» Mas ela replicou: «Dizes bem, Senhor; mas até os cachorrinhos comem debaixo da mesa as migalhas dos filhos.» Jesus disse: «Em atenção a essa palavra, vai; o demônio saiu de tua filha.»
Ela voltou para casa e encontrou a menina recostada na cama. O demônio tinha-a deixado.

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Isaac de l'Étoile (? - c. 1171), monge cisterciense
Sermão 33, 1º para o 2º Domingo de Quaresma (a partir da trad. cf. SC 207, pp. 221-227)
«Jesus foi para a região de Tiro»
«Partindo dali, Jesus foi para a região de Tiro e Sidon» (Mt 15, 21). Quando «o Verbo Se fez homem e veio habitar conosco» (Jo 1, 14), saiu do Pai para vir ao mundo (Jo 16, 28). «Ele, que é de condição divina», saiu da Sua pátria para «Se esvaziar de Si mesmo, tomando a condição de servo» (Fil 2,6-7), «carne idêntica à do pecado» (Rom 8, 3), a fim de ser encontrado pelos que saem do seu território para irem ao encontro dEle na região de Tiro e Sidon. [...] Pois esta mulher Cananéia sai do interior do seu território (Mt 15, 22), e encontra, na fronteira da sua região, o médico que vem voluntariamente, que por misericórdia sai da Sua região, que com bondade Se apresenta numa região estrangeira, ao doente que não teria podido abordá-lO caso Ele tivesse permanecido em casa. Como Deus bem-aventurado, justo e forte, Ele estava no alto, e era interdito ao homem miserável subir até Ele. [...] Por conseguinte, cheio de compaixão, fez o que correspondia à piedade: veio Ele até junto do pecador. [...]
Saiamos, por conseguinte, irmãos, saiamos, cada um por si, do lugar da nossa própria injustiça. [...] Odiai o pecado, e então saíreis do pecado. Odiais o pecado, e reencontrastes Cristo onde Ele se encontra. [...] Mas direis que até isso é demasiado para vós, e que, sem a graça de Deus, é impossível ao homem odiar o pecado, desejar a justiça, desejar não pecar e querer arrepender-se. «Dêem graças ao Senhor, pelo seu amor e pelas suas maravilhas em favor dos homens!» (Sl 106, 8) Com efeito, se foi pela Sua graça que Ele Se retirou claramente para a região de Tiro e Sidon, onde a mulher O poderia encontrar, foi também por graça que tirou secretamente esta mulher da sua morada mais interior. [...]
Esta mulher simboliza a Igreja, predestinada eternamente, chamada e justificada no tempo, destinada à glória no fim dos tempos (Rom 8, 30), que sem interrupção roga pela sua filha, quer dizer, por cada um dos eleitos.

Fontes:

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