samedi 12 février 2011

13 de Fevereiro de 2011 – 6º Domingo do Tempo Comum (Semana II do Saltério) – Ano A – Cor Litúrgica: Verde

Eclesiástico 15, 15-20
Se quiseres, observarás os mandamentos; ser-lhes fiel será questão da tua boa vontade. Ele pôs diante de ti o fogo e a água; estende a mão para o que quiseres.
Diante do homem estão a vida e a morte; o que ele escolher, isso lhe será dado, pois é grande a sabedoria do Senhor. Ele é forte e poderoso e vê todas as coisas.
Os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, Ele conhece as ações de cada homem. A ninguém Ele deu ordem para fazer o mal, e a ninguém deu permissão de pecar.

Salmos 118 (119), 1-2.4-5.17-18.33-34
Felizes os que seguem o caminho da retidão
e vivem segundo a lei do SENHOR.
Felizes os que cumprem os seus preceitos
e o procuram com todo o coração.
Promulgaste os teus preceitos
para se cumprirem fielmente.
Oxalá os meus passos sejam firmes
no cumprimento dos teus decretos.
Concede ao teu servo uma longa vida
e eu cumprirei as tuas palavras.
Abre os meus olhos para que eu veja
as maravilhas da tua lei.
Ensina-me, SENHOR, o caminho das tuas leis
e eu hei de cumpri-las com fidelidade.
Dá-me entendimento para cumprir a tua lei;
hei de obedecê-la de todo o coração.

I Carta aos Coríntios 2, 6-10
E, no entanto, é de sabedoria que nós falamos entre os perfeitos; sabedoria que não é deste mundo, nem dos chefes deste mundo, votados à destruição.
Ensinamos a sabedoria de Deus, mistério que permaneceu oculto e que Deus, antes dos séculos, predestinou para nossa glória. Nenhum dos chefes deste mundo a conheceu, pois, se a tivessem conhecido, não teriam crucificado o Senhor da glória. Mas, como está escrito: “O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram,o coração do homem não pressentiu,isso Deus preparou para aqueles que o amam.”
A nós, porém, Deus o revelou por meio do Espírito. Pois o Espírito tudo penetra, até as profundidades de Deus.

Evangelho segundo São Mateus 5, 17-37
«Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição. Porque em verdade vos digo: até que passem o céu e a terra, não passará um só jota ou um só ápice da Lei, sem que tudo se cumpra. Portanto, se alguém violar um destes preceitos menores, e ensinar assim aos homens, será o menor no Reino do Céu. Mas aquele que os praticar e ensinar, esse será grande no Reino do Céu. Porque Eu vos digo: se a vossa justiça não superar a dos doutores da Lei e dos fariseus, não entrareis no Reino do Céu.»
«Ouvistes o que foi dito aos antigos: não matarás. Aquele que matar terá de responder em juízo. Eu, porém, digo-vos: quem se irritar contra o seu irmão será réu perante o tribunal; quem o chamar de 'imbecil’ será réu diante do Conselho; e quem o chamar de 'louco’ será réu da Geena do fogo. Se fores, portanto, apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; depois, volta para apresentar a tua oferta. Com o teu adversário mostra-te conciliador, enquanto caminhardes juntos, para não acontecer que ele te entregue ao juiz e este à guarda e te mandem para a prisão. Em verdade te digo: não sairás de lá até que pagues o último centavo.»
«Ouvistes o que foi dito: não cometerás adultério. Eu, porém, digo-vos que todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração. Portanto, se a tua vista direita for para ti origem de pecado, arranca-a e lança-a fora, pois é melhor perder-se um dos teus órgãos do que todo o teu corpo ser lançado à Geena. E se a tua mão direita for para ti origem de pecado, corta-a e lança-a fora, porque é melhor perder-se um só dos teus membros do que todo o teu corpo ser lançado à Geena.»
«Também foi dito: Aquele que se divorciar da sua mulher, dê-lhe documento de divórcio. Eu, porém, digo-vos: aquele que se divorciar da sua mulher exceto em caso de união ilegal expõe-na a adultério, e quem casar com a divorciada comete adultério.»
«Do mesmo modo, ouvistes o que foi dito aos antigos: não perjurarás, mas cumprirás diante do Senhor os teus juramentos. Eu, porém, digo-vos: não jureis de maneira nenhuma: nem pelo Céu, que é o trono de Deus, nem pela Terra, que é o estrado dos seus pés, nem por Jerusalém, que é a cidade do grande Rei. Não jures pela tua cabeça, porque não tens poder de tornar um só dos teus cabelos branco ou preto. Seja este o vosso modo de falar: ‘Sim, sim; não, não’. Tudo o que for além disto procede do espírito do mal.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Ireneu de Lyon (c. 130-v. 208), bispo, teólogo e mártir
Contra as heresias IV, 13, 3 (a partir da trad. SC 100, p. 525s rev.)
A Lei enraizada nos nossos corações
Há certos preceitos naturais da Lei que são já de justiça; mesmo antes da dádiva da Lei a Moisés, os homens observavam esses preceitos, eram justificados pela sua fé e agradavam a Deus. O Senhor não aboliu esses preceitos, antes os alargou e os cumpriu, como provam as seguintes palavras: «Foi dito aos antigos: não cometerás adultério. Mas eu digo-vos: todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração». E ainda «Foi dito: não matarás. Eu, porém, digo-vos: quem se irritar contra o seu irmão sem motivo será réu perante o tribunal» (Mt 5, 21ss). [...] E por aí adiante. Nenhum destes preceitos implica a contradição nem a abolição dos anteriores, mas o seu cumprimento e o seu alargamento. Como o próprio Senhor o diz: «Se a vossa justiça não superar a dos doutores da Lei e dos fariseus, não entrareis no Reino do Céu» (Mt 5, 20).
Em que consistia essa superação? Em primeiro lugar, em crer, não apenas no Pai, mas também no Seu Filho doravante manifestado, pois é Ele que leva o homem à comunhão e à união com Deus. Em seguida, não apenas em dizer, mas em fazer – pois «eles diziam e não faziam» (Mt 23, 3) — e em evitar, não apenas atos maus, mas também o fato de os desejar. Com este ensinamento, Ele não contradizia a Lei, antes a cumpria e enraizava em nós os preceitos da Lei. [...] O preceito de nos abstermos, não só dos atos proibidos pela Lei, mas também do desejo de praticá-los não provém de alguém que contradiz e abole a Lei; mas sim d'Aquele que a cumpre e alarga.

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=readings&localdate=20110213
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=commentary&localdate=20110213

vendredi 11 février 2011

12 de Fevereiro de 2011 – Sábado da 5ª Semana do Tempo Comum (Semana I do Saltério) – Ano A – Cor Litúrgica: Verde

Gênesis 3, 9-24

Mas o Senhor Deus chamou o homem e disse-lhe: «Onde estás?» Ele respondeu: «Ouvi a tua voz no jardim e, cheio de medo, escondi-me porque estou nu.» O Senhor Deus perguntou: «Quem te disse que estás nu? Comeste, porventura, da árvore da qual te proibi comer?» O homem respondeu: «Foi a mulher que trouxeste para junto de mim que me ofereceu da árvore e eu comi.» O Senhor Deus perguntou à mulher: «Por que fizeste isso?» A mulher respondeu: «A serpente enganou-me e eu comi.»
Então, o Senhor Deus disse à serpente: «Por teres feito isto, serás maldita entre todos os animais domésticos e entre os animais selvagens. Rastejarás sobre o teu ventre, alimentar-te-ás de terra todos os dias da tua vida. Farei reinar a inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta esmagar-te-á a cabeça e tu tentarás mordê-la no calcanhar.»
Depois, disse à mulher: «Aumentarei os sofrimentos da tua gravidez, entre dores darás à luz os filhos. Procurarás apaixonadamente o teu marido, mas ele te dominará.»
A seguir, disse ao homem: «Porque atendeste à voz da tua mulher e comeste o fruto da árvore, a respeito da qual Eu te tinha ordenado: ‘Não comas dela’, maldita seja a terra por tua causa. E dela só arrancarás alimento à custa de penoso trabalho, todos os dias da tua vida. Produzir-te-á espinhos e abrolhos, e comerás a erva dos campos. Comerás o pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de onde foste tirado; porque tu és pó e ao pó voltarás.»
Adão pôs à sua mulher o nome de Eva, porque ela seria mãe de todos os viventes. O Senhor Deus fez a Adão e à sua mulher túnicas de peles e vestiu-os. O Senhor Deus disse: «Eis que o homem, quanto ao conhecimento do bem e do mal, se tornou como um de nós. Agora é preciso que ele não estenda a mão para se apoderar também do fruto da árvore da Vida e, comendo dele, viva para sempre.» O Senhor Deus expulsou-o do jardim do Éden, a fim de cultivar a terra, da qual fora tirado.
Depois de ter expulsado o homem, colocou, a oriente do jardim do Éden, os querubins com a espada flamejante, para guardar o caminho da árvore da Vida.

Salmos 90, 2-6.12-13
Antes de surgirem as montanhas,
antes de nascerem a terra e o mundo,
desde sempre e para sempre
Tu és Deus.
Tu podes reduzir o homem ao pó,
dizendo apenas:
"Voltai ao pó, seres humanos!"
Mil anos, diante de ti,
são como o dia de ontem,
que passou,
ou como uma vigília da noite.
Tu os arrebatas como um sonho,
ou como a erva
que de manhã verdeja,
como a erva
que de manhã brota vicejante,
mas à tarde está murcha e seca.
Ensina-nos a contar assim os nossos dias,
para podermos chegar
ao coração da sabedoria.
Volta, SENHOR! Até quando...?
Tem compaixão dos teus servos.

Evangelho segundo 
São Marcos 8, 1-10
Naqueles dias, havia outra vez uma grande multidão e não tinham que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: «Tenho compaixão desta multidão. Há já três dias que permanecem junto de mim e não têm que comer. Se os mandar embora em jejum para suas casas, desfalecerão no caminho, e alguns vieram de longe.» Os discípulos responderam-lhe: «Como poderá alguém saciá-los de pão, aqui no deserto?»
Mas Ele perguntou: «Quantos pães tendes?» Disseram: «Sete.» Ordenou que a multidão se sentasse no chão e, tomando os sete pães, deu graças, partiu-os e dava-os aos seus discípulos para eles os distribuírem à multidão. Havia também alguns peixinhos. Jesus abençoou-os e mandou que os distribuíssem igualmente.
Comeram até ficarem satisfeitos, e houve sete cestos de sobras. Ora, eram cerca de quatro mil. Despediu-os e, subindo logo para o barco com os discípulos, foi para os lados de Dalmanuta.

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Ambrósio (c. 340-397), Bispo de Milão e Doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de São Lucas, VI, 73-88 (a partir da trad. SC 45, pp. 254 ss. rev.)
«Se os mandar embora em jejum para suas casas, desfalecerão no caminho»
Senhor Jesus, sei bem que não queres deixar em jejum estas pessoas que estão aqui comigo, mas antes alimentá-las com os alimentos que distribuis; deste modo, fortalecidas com o Teu alimento, não recearão desfalecer de fome. Sei bem que também não nos queres mandar embora em jejum. [...] Tu o disseste: não queres que eles desfaleçam no caminho, isto é, que desfaleçam no decurso desta vida antes de chegarem ao fim do percurso, antes de chegarem ao Pai e perceberem que Tu provéns do Pai. [...]
O Senhor tem piedade, para que ninguém desfaleça no caminho. [...] Assim como faz chover tanto sobre os justos como sobre os injustos (Mt 5, 45), também alimenta tanto os justos como os injustos. Não foi graças à força do alimento que o santo profeta Elias, quase a desfalecer, conseguiu caminhar quarenta dias? (I Rs 19, 8) Foi um anjo que lhe deu esse alimento; mas a vós, é o próprio Cristo que vos alimenta. Se conservardes o alimento assim recebido, caminhareis, não quarenta dias e quarenta noites [...], mas durante quarenta anos, desde a vossa saída dos confins do Egito até a vossa chegada à terra da abundância, à terra onde correm o leite e o mel (Ex 3, 8). [...]
Cristo partilha os víveres e quer, sem dúvida alguma, dá-los a todos. Não os recusa a ninguém, pois dá-os a todos. Porém, quando parte os pães e os dá aos discípulos, se não estenderdes as mãos para receber o vosso alimento, desfalecereis no caminho. [...] Este pão que Jesus parte é o mistério da Palavra de Deus: quando é distribuída, aumenta. A partir somente de algumas palavras, Jesus forneceu a todos os povos um alimento superabundante. Ele deu-nos os Seus discursos como pães e, enquanto os saboreamos, eles multiplicam-se na nossa boca. [...] Quando as multidões os comem, os pedaços tornam a aumentar, multiplicando-se. Tanto assim é que, no fim, os restos são ainda mais abundantes do que os pães que foram partilhados.

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=readings&localdate=20110211
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=commentary&localdate=20110212

11 de Fevereiro de 2011 – Sexta-feira da 5ª Semana do Tempo Comum (Semana I do Saltério) – Ano A – Cor Litúrgica: Verde

Gênesis 3, 1-8
A serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus fizera; e disse à mulher: “É verdade ter-vos Deus proibido comer o fruto de alguma árvore do jardim?” A mulher respondeu-lhe: “Podemos comer o fruto das árvores do jardim; mas, quanto ao fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: ‘Nunca o deveis comer, nem sequer tocar nele, pois, se o fizerdes, morrereis.”
A serpente retorquiu à mulher: “Não, não morrereis; porque Deus sabe que, no dia em que o comerdes, abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como Deus, ficareis a conhecer o bem e o mal.” Vendo a mulher que o fruto da árvore devia ser bom para comer, pois era de atraente aspecto e precioso para esclarecer a inteligência, agarrou do fruto, comeu, deu dele também a seu marido, que estava junto dela, e ele também comeu.
Então, abriram-se os olhos aos dois e, reconhecendo que estavam nus, coseram folhas de figueira umas às outras e colocaram-nas, como se fossem cinturas, à volta dos rins. Ouviram, então, a voz do Senhor Deus, que percorria o jardim pela brisa da tarde, e o homem e a sua mulher logo se esconderam do Senhor Deus, por entre o arvoredo do jardim.

Salmos 31 (32), 1-2.5-7
Feliz aquele a quem é perdoada a culpa
e absolvido o pecado.
Feliz o homem a quem o SENHOR não acusa de iniqüidade
e em cujo espírito não há engano.
Confessei-te o meu pecado e não escondi a minha culpa;
disse: "Confessarei ao SENHOR a minha falta";
e Tu me perdoaste a culpa do pecado.
Por isso, todo o fiel te invoca no tempo da angústia.
E, mesmo que transbordem águas caudalosas,
jamais o hão de atingir.
Tu és o meu refúgio: livras-me da angústia
e me envolves em cânticos de libertação.

Evangelho segundo São Marcos 7, 31-37
Tornando a sair da região de Tiro, veio por Sidon para o mar da Galiléia, atravessando o território da Decápole.
Trouxeram-lhe um surdo, que falava com dificuldade, e rogaram-lhe que impusesse as mãos sobre ele. Afastando-se com ele da multidão, Jesus meteu-lhe os dedos nos ouvidos e fez saliva com que lhe tocou a língua. Erguendo depois os olhos ao céu, suspirou dizendo: «Effathá», que quer dizer «Abre-te». Logo os ouvidos se lhe abriram, soltou-se da prisão a língua e falava corretamente.
Jesus mandou-lhes que a ninguém revelassem o sucedido; mas quanto mais lho recomendava, mais eles o apregoavam. No auge do assombro, diziam: «Faz tudo bem feito: faz ouvir os surdos e falar os mudos.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Papa Bento XVI
Discurso aos seminaristas 17/02/2007 (trad. ©  libreria Editrice Vaticana)
«Oxalá ouvísseis hoje a Sua voz» (Sl 94,7)
Como podemos discernir a voz de Deus entre as mil vozes que ouvimos todos os dias neste nosso mundo? Diria: Deus fala conosco de modos muito diferentes. Fala através de outras pessoas, através dos amigos, dos pais, do pároco, dos sacerdotes. [...] Fala por meio dos acontecimentos da nossa vida, nos quais podemos discernir um gesto de Deus; fala também através da natureza, da criação, e fala, naturalmente e, sobretudo, na Sua Palavra, na Sagrada Escritura, lida na comunhão da Igreja e pessoalmente em diálogo com Deus.
É importante ler a Sagrada Escritura, por um lado de modo muito pessoal, e realmente, como diz São Paulo, não como palavra de um homem ou como um documento do passado, como lemos Homero ou Virgílio, mas como uma Palavra de Deus que é sempre atual e fala comigo; aprender a ouvir um texto, que é historicamente do passado, mas que é a Palavra viva de Deus, ou seja, entrar em oração, e assim fazer da leitura da Sagrada Escritura um diálogo com Deus.
Santo Agostinho, nas suas homilias, diz com freqüência: «Bati várias vezes à porta desta Palavra, até que pude compreender o que o próprio Deus me dizia»; por um lado, esta leitura muito pessoal, este diálogo pessoal com Deus, no qual procuro o que o Senhor me diz; e, juntamente com esta leitura pessoal, é muito importante a leitura comunitária, porque o sujeito vivo da Sagrada Escritura é o Povo de Deus, é a Igreja.

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=readings&localdate=20110211
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=commentary&localdate=20110211

mercredi 9 février 2011

10 de Fevereiro de 2011 – Quinta-feira da 5ª Semana do Tempo Comum (Semana I do Saltério) – Ano A – Cor Litúrgica: Branca – Santa Escolástica, Monja (Memória)

Gênesis 2, 18-25
O Senhor Deus disse: «Não é conveniente que o homem esteja só; vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele.» Então, o Senhor Deus, após ter formado da terra todos os animais dos campos e todas as aves dos céus, conduziu-os até junto do homem, a fim de verificar como ele os chamaria, para que todos os seres vivos fossem conhecidos pelos nomes que o homem lhes desse. O homem designou com nomes todos os animais domésticos, todas as aves dos céus e todos os animais ferozes; contudo, não encontrou auxiliar semelhante a ele.
Então, o Senhor Deus fez cair sobre o homem um sono profundo; e, enquanto ele dormia, tirou-lhe uma das suas costelas, cujo lugar preencheu de carne. Da costela que retirara do homem, o Senhor Deus fez a mulher e conduziu-a até ao homem. Então, o homem exclamou: «Esta é, realmente, osso dos meus ossos e carne da minha carne. Chamar-se-á mulher, visto ter sido tirada do homem!»
Por esse motivo, o homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua mulher; e os dois serão uma só carne. Estavam ambos nus, tanto o homem como a mulher, mas não sentiam vergonha.

Salmos 127 (128), 1-5
Felizes os que obedecem ao SENHOR
e andam nos seus caminhos.
Comerás do fruto do teu próprio trabalho:
assim serás feliz e viverás contente.
Tua esposa será como videira fecunda
na intimidade do teu lar;
os teus filhos serão
como rebentos de oliveira
ao redor da tua mesa.
Assim vai ser abençoado
o homem que obedece ao SENHOR.
O SENHOR te abençoe do monte Sião!
Possas contemplar a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida.

Evangelho segundo São Marcos 7, 24-30
Partindo dali, Jesus foi para a região de Tiro e de Sidon. Entrou numa casa e não queria que ninguém o soubesse, mas não pôde passar despercebido, porque logo uma mulher que tinha uma filha possessa de um espírito maligno, ouvindo falar dele, veio lançar-se a seus pés. Era gentia, siro-fenícia de origem, e pedia-lhe que expulsasse da filha o demônio.
Ele respondeu: «Deixa que os filhos comam primeiro, pois não está bem tomar o pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos.» Mas ela replicou: «Dizes bem, Senhor; mas até os cachorrinhos comem debaixo da mesa as migalhas dos filhos.» Jesus disse: «Em atenção a essa palavra, vai; o demônio saiu de tua filha.»
Ela voltou para casa e encontrou a menina recostada na cama. O demônio tinha-a deixado.

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Isaac de l'Étoile (? - c. 1171), monge cisterciense
Sermão 33, 1º para o 2º Domingo de Quaresma (a partir da trad. cf. SC 207, pp. 221-227)
«Jesus foi para a região de Tiro»
«Partindo dali, Jesus foi para a região de Tiro e Sidon» (Mt 15, 21). Quando «o Verbo Se fez homem e veio habitar conosco» (Jo 1, 14), saiu do Pai para vir ao mundo (Jo 16, 28). «Ele, que é de condição divina», saiu da Sua pátria para «Se esvaziar de Si mesmo, tomando a condição de servo» (Fil 2,6-7), «carne idêntica à do pecado» (Rom 8, 3), a fim de ser encontrado pelos que saem do seu território para irem ao encontro dEle na região de Tiro e Sidon. [...] Pois esta mulher Cananéia sai do interior do seu território (Mt 15, 22), e encontra, na fronteira da sua região, o médico que vem voluntariamente, que por misericórdia sai da Sua região, que com bondade Se apresenta numa região estrangeira, ao doente que não teria podido abordá-lO caso Ele tivesse permanecido em casa. Como Deus bem-aventurado, justo e forte, Ele estava no alto, e era interdito ao homem miserável subir até Ele. [...] Por conseguinte, cheio de compaixão, fez o que correspondia à piedade: veio Ele até junto do pecador. [...]
Saiamos, por conseguinte, irmãos, saiamos, cada um por si, do lugar da nossa própria injustiça. [...] Odiai o pecado, e então saíreis do pecado. Odiais o pecado, e reencontrastes Cristo onde Ele se encontra. [...] Mas direis que até isso é demasiado para vós, e que, sem a graça de Deus, é impossível ao homem odiar o pecado, desejar a justiça, desejar não pecar e querer arrepender-se. «Dêem graças ao Senhor, pelo seu amor e pelas suas maravilhas em favor dos homens!» (Sl 106, 8) Com efeito, se foi pela Sua graça que Ele Se retirou claramente para a região de Tiro e Sidon, onde a mulher O poderia encontrar, foi também por graça que tirou secretamente esta mulher da sua morada mais interior. [...]
Esta mulher simboliza a Igreja, predestinada eternamente, chamada e justificada no tempo, destinada à glória no fim dos tempos (Rom 8, 30), que sem interrupção roga pela sua filha, quer dizer, por cada um dos eleitos.

Fontes:

mardi 8 février 2011

09 de Fevereiro de 2011 – Quarta-feira da 5ª Semana do Tempo Comum (Semana I do Saltério) – Ano A – Cor Litúrgica: Verde

Gênesis 2, 5-9.15-17
E ainda não havia arbusto algum pelos campos, nem sequer uma planta germinara ainda, porque o Senhor Deus ainda não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para cultivá-la, e da terra brotava uma nascente que regava toda a superfície, então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e insuflou-lhe pelas narinas o sopro da vida, e o homem transformou-se num ser vivo. Depois, o Senhor Deus plantou um jardim no Éden, ao oriente, e nele colocou o homem que tinha formado.
O Senhor Deus fez brotar da terra toda a espécie de árvores agradáveis à vista e de saborosos frutos para comer; a árvore da Vida estava no meio do jardim, assim como a árvore do conhecimento do bem e do mal.
O Senhor Deus levou o homem e colocou-o no jardim do Éden, para cultivá-lo e, também, para o guardar. E o Senhor Deus deu esta ordem ao homem: «Podes comer do fruto de todas as árvores do jardim; mas não comas o da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque, no dia em que o comeres, certamente morrerás.»

Salmos 104 (103), 1-2.27-30
Bendiz, ó minha alma, o SENHOR!
SENHOR, meu Deus, como Tu és grande!
Estás revestido de esplendor e majestade!
Estás envolto num manto de luz
e estendeste os céus como um véu.
Todos esperam de ti
que lhes dês comida a seu tempo.
Dás-lhes o alimento, que eles recolhem,
abres a tua mão e saciam-se do que é bom.
Se deles escondes o rosto, ficam perturbados;
se lhes tiras o alento, morrem
e voltam ao pó donde saíram.
Se lhes envias o teu espírito, voltam à vida.
E assim renovas a face da terra.

Evangelho segundo São Marcos 7, 14-23
Chamando de novo a multidão, dizia: «Ouvi-me todos e procurai entender. Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa tornar impuro. Mas o que sai do homem, isso é que o torna impuro. Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.»
Quando, ao deixar a multidão, regressou a casa, os discípulos interrogaram-no acerca da parábola. Ele respondeu: «Também vós não compreendeis? Não percebeis que nada do que, de fora, entra no homem o pode tornar impuro, porque não penetra no coração, mas sim no ventre, e depois é expelido em lugar próprio?» Assim, declarava puros todos os alimentos.
E disse: «O que sai do homem, isso é que torna o homem impuro. Porque é do interior do coração dos homens que saem os maus pensamentos, as prostituições, roubos, assassínios, adultérios, ambições, perversidade, má fé, devassidão, inveja, maledicência, orgulho, desvarios. Todas estas maldades saem de dentro e tornam o homem impuro.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Afrates (?-c. 345), monge e bispo perto de Mossul, santo das igrejas ortodoxas
Demonstrações (Epístolas), n°4 (a partir da trad. SC 349, p. 292 rev.)
«Cria em mim, ó Deus, um coração puro» (Sl 50, 12)
A pureza do coração é uma oração mais excelente do que todas as orações recitadas em voz alta, e o silêncio, conjugado com uma consciência sincera, ultrapassa a voz alta do homem que grita. Portanto agora, meu amigo, dá-me o teu coração e a tua inteligência: ouve-me falar-te da força da oração pura e vê como os nossos pais, os justos de antigamente, ganharam prestígio pela sua oração diante de Deus, e como esta se tornou para eles numa oferenda pura.
Com efeito, foi pela oração que as oferendas foram aceites. Foi ela que fez parar o dilúvio, curou a esterilidade, fez retirar exércitos, desvendou mistérios, fendeu o mar e abriu um caminho no Jordão, reteve o sol e imobilizou a lua, exterminou os impuros e fez cair fogo, conteve o céu, permitiu sair da fossa, libertou do fogo e salvou do mar. A sua força é muitíssimo considerável, como era considerável o poder do jejum puro. [...]  
Efetivamente, foi, antes de mais, devido à pureza do coração Abel que a sua oferenda foi aceite diante de Deus, enquanto a de Caim foi rejeitada (Gn 4, 4ss). [...] Foram os frutos do coração deste que demonstraram e testemunharam que ele estava cheio de malícia, visto que tinha matado o seu irmão. Com efeito, o que o seu pensamento tinha concebido, as suas mãos o tornaram realidade; mas a pureza do coração de Abel estava na sua oração.

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=readings&localdate=20110209