dimanche 26 décembre 2010

28 de Dezembro de 2010 – Terça-feira das Oitavas de Natal – Santos Inocentes, Mártires – Festa

No dia 28 de dezembro, a Igreja celebra, desde o Século II, a memória das crianças vítimas da fúria cega de Herodes o Grande, que queria matar Jesus (cf. Mateus 2, 16-17). A tradição litúrgica os chama de "Santos Inocentes" e os considera mártires historicamente massacrados por causa de Cristo. Entregues sem defesa, eles também são «cordeiros conduzidos ao abatedouro» (Isaías 53, 7; Atos 8, 32). 
Atualmente, as crianças ainda padecem inúmeras formas de violência, que atentam contra suas vidas e constituem graves ataques à sua dignidade, à sua vida moral e ao seu direito de receber uma educação digna deste nome. É preciso nos lembrarmos sempre da multidão insondável de crianças que vivem ainda nos ventres de suas mães e que são mortas antes mesmo de nascerem, por causa de leis que autorizam o aborto, este crime abominável.
Atenta aos problemas concretos, a Igreja encoraja, em diversos lugares, iniciativas de ordem cultual enfatizando o respeito ao caráter sagrado da vida e a importância dos atos de caridade em campos tão diversos, como a assistência às gestantes, a adoção de crianças e o desenvolvimento do seu processo educativo.

Tradução e Adaptação:
Gisèle do Prado
giseledoprado70@gmail.com


I João 1, 5-10; 2, 1-2
Eis a mensagem que ouvimos de Jesus e vos anunciamos: Deus é luz e nele não há nenhuma espécie de trevas. Se dizemos que temos comunhão com Ele, mas caminhamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Pelo contrário, se caminhamos na luz, como Ele, que está na luz, então temos comunhão uns com os outros e o sangue do seu Filho Jesus purifica-nos de todo o pecado.
Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós. Se confessamos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a iniquidade. Se dizemos que não somos pecadores, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.
Filhinhos meus, escrevo-vos estas coisas para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos junto do Pai um advogado, Jesus Cristo, o Justo, pois Ele é a vítima que expia os nossos pecados, e não somente os nossos, mas também os de todo o mundo.

Salmos 124 (123), 2-5.7-8
Se o Senhor não estivesse do nosso lado,
quando os homens se levantaram contra nós,
ter-nos-iam engolido vivos
quando a sua fúria ardia contra nós.
As águas ter-nos-iam submergido,
a torrente teria passado sobre nós.
Então, sim, teriam passado sobre nós
as águas turbulentas!
Nossa vida escapou
como um pássaro do laço de caçadores;
rompeu-se o laço e nós nos libertamos.
Nosso auxílio está no nome do SENHOR,
que fez o céu e a terra.

Evangelho segundo São Mateus 2, 13-18
Depois de partirem, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: «Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e fica lá até que eu te avise, pois Herodes procurará o menino para matá-lo.» E ele levantou-se de noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito, permanecendo ali até à morte de Herodes. Assim se cumpriu o que o Senhor anunciou pelo profeta: “Do Egito chamei o meu filho.”
Então Herodes, ao ver que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irritado e mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o seu território, da idade de dois anos para baixo, conforme o tempo que, diligentemente, tinha inquirido dos magos. Cumpriu-se, então, o que o profeta Jeremias dissera: “Ouviu-se uma voz em Ramá, uma lamentação e um grande pranto: é Raquel que chora os seus filhos e não quer ser consolada, porque já não existem.”

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Eusébio Galicano (século V), monge, depois bispo
Sermão 219; PL 39, 2150 (a partir da trad. Solesmes, Lectionnaire, t. 1, p. 1097 rev.)
«Onde está o Rei dos judeus, que acaba de nascer?» (Mt 2, 2)
Herodes, o rei traidor, enganado pelos magos, envia os seus esbirros a Belém e arredores, para matar todas as crianças com menos de dois anos. [...] Nada, porém, conseguiste obter, bárbaro cruel e arrogante: podes fazer mártires, mas não conseguirás encontrar a Cristo. O infeliz tirano estava convencido de que o advento do Senhor, nosso Salvador, o faria cair de seu trono real. Mas não foi assim, pois Cristo não tinha vindo usurpar a glória de outro, mas ofertar-nos a Sua. Ele não tinha vindo apoderar-Se de um reino terreno, mas dar-nos o Reino dos Céus. Ele não tinha vindo roubar dignidades, mas sofrer injúrias e sevícias. Ele não tinha vindo preparar a sagrada cabeça para um diadema de pedrarias, mas para uma coroa de espinhos. Ele não tinha vindo para se instalar gloriosamente acima dos cetros, mas para ser ultrajado e crucificado.
Ao nascimento do Senhor, «o rei Herodes perturbou-se e toda a Jerusalém com ele» (Mt 2, 3). Não é de espantar que a impiedade se perturbe com o nascimento da bondade. Eis que um homem que domina exércitos se assusta diante de uma criança deitada numa manjedoura, que um rei orgulhoso treme diante do humilde, que aquele que se veste de púrpura receia um pequenino envolto em panos. [...] Fingiu querer adorar Aquele que procurava destruir (Mt 2, 8). Mas a Verdade não receia as emboscadas da mentira. [...] A traição não consegue encontrar a Cristo, porque não é pela crueldade, mas pelo amor, que se deve procurar a Deus, que vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém!

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=readings&localdate=20101228
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=commentary&localdate=20101228

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