mercredi 22 décembre 2010

25 de Dezembro de 2010, Sábado – NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO – Missa do Dia – Ano A

A história do Natal começou na véspera do nascimento de Jesus, quando, segundo a Bíblia, os anjos anunciaram a chegada do menino. Oficialmente, faz agora 2006 anos. Nessa altura, o imperador Augusto determinou o registro de toda a população do Império Romano por causa dos impostos, tendo cada pessoa, para o efeito de inscrever na sua localidade.
Segundo o Novo Testamento, José partiu de Nazaré para Belém, para esse efeito, e levou com ele a sua esposa, Maria, que esperava um Filho. Ao longo da viagem, chegou a hora de Maria dar à luz, e como a cidade estava com os albergues completamente cheios, tiveram de pernoitar numa gruta. Foi nessa região da Judéia, que Jesus nasceu.
Diz a Bíblia que um Anjo desceu sobre os pastores que guardavam os seus rebanhos durante a noite e disse-lhes: «Deixai o que estais a fazer e vinde adorar o menino, que se encontra em Belém e é o vosso Redentor». Os pastores foram apressados, procurando o lugar indicado pelo Anjo, e lá encontraram Maria, José e o Menino. Ao vê-lo, espalharam a Boa Nova.
Os primeiros registros da celebração do Natal têm origem na Turquia, a 25 de Dezembro, em meados do Século II. No ano 350, o Papa Júlio I levou a efeito uma investigação pormenorizada e proclamou o dia 25 de Dezembro como data oficial e o Imperador Justiniano, em 529, declarou-o feriado nacional. O período das festas alargou-se até a Epifania, ou seja vai desde 25 de Dezembro até 6 de Janeiro. O dia 6 de Janeiro é o chamado dia dos Reis Magos.
A religião Cristã foi, depois, abraçando toda a Europa, dando a conhecer a outros povos a celebração do Natal. Em Inglaterra, o primeiro arcebispo de Cantuária foi responsável pela celebração do Natal. Na Alemanha, foi reconhecido em 813, através do sínodo de Mainz. Na Noruega, pelo rei Hakon em meados de 900. E em finais do séc. IX, o Natal já era celebrado em toda a Europa.
Os Evangelhos de São Lucas e São Mateus relatam a história do nascimento de Jesus. Só que, ao contrário do que julgávamos, Jesus não teria nascido no Inverno e sim na Primavera ou no Verão - os pastores não guardariam os rebanhos nos montes com o rigor do Inverno.
Em relação à data do nascimento de Jesus, existem algumas dúvidas. A estrela que guiou os Magos até a gruta de Belém deu lugar a várias explicações. Alguns cientistas afirmam que deverá ter sido um cometa. No entanto, nessa altura não há registro que algum cometa tivesse sido visto. Outros dizem que, no ano 6 ou 7 a. C., houve um alinhamento dos planetas Júpiter e Saturno mas também não é muito crível para que se considere esse o ano do nascimento de Jesus. Por outro lado, a visita dos Reis Magos é comemorada 12 dias depois do Natal (Epifania) sendo tradicional festejar este acontecimento em pleno Inverno, em 6 de Janeiro.
De qualquer forma, para além da certeza histórica de uma data, é o mistério do Nascimento de Jesus Cristo que os cristãos celebram. E esse é eterno!
VISÃO Júnior

Isaías 52, 7-10
Que formosos são sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia a paz, que apregoa a Boa-Nova, e que proclama a salvação! Que diz a Sião: «O rei é o teu Deus!»
Ouve: as tuas sentinelas gritam, cantam em coro, porque vêem olhos nos olhos o regresso do SENHOR a Sião.
Ruínas de Jerusalém, irrompei em cânticos de alegria, porque o SENHOR consola o seu povo, com a libertação de Jerusalém.
O SENHOR mostra a força do seu braço poderoso aos olhos das nações, e todos os confins da terra verão o triunfo do nosso Deus.

Salmos 98, 1-6
Cantai ao SENHOR um cântico novo,
porque Ele fez maravilhas!
A sua mão direita e o seu santo braço
lhe deram a vitória.
O SENHOR anunciou a sua vitória,
revelou aos povos a sua justiça.
Lembrou-se do seu amor e da sua fidelidade
em favor da casa de Israel.
Todos os confins da terra presenciaram
o triunfo libertador do nosso Deus.
Aclamai o SENHOR, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.
Cantai hinos ao SENHOR, ao som da harpa,
ao som da harpa e da lira;
ao som de cornetins e trombetas,
aclamai o nosso rei e SENHOR.

Carta aos Hebreus 1, 1-6
Muitas vezes e de muitos modos, falou Deus aos nossos pais, nos tempos antigos, por meio dos profetas. Nestes dias, que são os últimos, Deus falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por meio de quem fez o mundo.
Este Filho, que é resplendor da sua glória e imagem fiel da sua substância e que tudo sustenta com a sua palavra poderosa, depois de ter realizado a purificação dos pecados, sentou-se à direita da Majestade nas alturas, tão superior aos anjos quanto superior ao deles é o nome que recebeu em herança.
Com efeito, a qual dos anjos disse Deus alguma vez: Tu és meu Filho, Eu hoje te gerei? E ainda: Eu serei para Ele um Pai e Ele será para mim um Filho? E de novo, quando introduz o Primogênito no mundo, diz: adorem-no todos os anjos de Deus.

Evangelho segundo São João 1, 1-18
No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus. No princípio Ele estava em Deus. Por Ele é que tudo começou a existir; e sem Ele nada veio à existência. Nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a Vida era a Luz dos homens. A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam.
Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João. Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele. Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz. O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina. Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a quantos o receberam, aos que nele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.
Estes não nasceram de laços de sangue, nem de um impulso da carne, nem da vontade de um homem, mas sim de Deus. E o Verbo fez-se homem e veio habitar conosco. E nós contemplamos a sua glória, a glória que possui como Filho Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. João deu testemunho dele ao clamar: «Este era aquele de quem eu disse: 'O que vem depois de mim passou-me à frente, porque existia antes de mim.'»
Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre graças. É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por Jesus Cristo. A Deus jamais alguém o viu. O Filho Unigênito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a conhecer.

Comentário do dia, por 
São Basílio (v. 330-379 d.C.), monge e bispo de Cesaréia da Capadócia, Doutor da Igreja
Homilia sobre a santa gestação do Cristo, 2.6; PG 31, 1459s (trad. Delhougne, Les Pères commentent [Os Padres comentam], p. 172 rev.)
«Ele lhes permitiu tornarem-se filhos de Deus»                              
Deus na Terra, Deus entre os homens ! Desta vez, Ele não promulga Sua Lei em meio aos clarões, ao som da trombeta, sobre a montanha fumegante, na obscuridade de uma tempestade aterrorizante (Ex 19,16s), mas Se entretém de uma maneira doce e pacífica, num corpo humano, com Seus irmãos de raça (humana). Deus na carne! Como pode a divindade habitar a carne? Como o fogo que age sobre o ferro, sem deixar o braseiro onde arde, mas «comunicando-se», transmitindo-se. Com efeito, o fogo não se derrama sobre o ferro, mas, permanecendo em seu lugar, ele lhe comunica seu poder. Nisto ele não se diminui de forma alguma, mas preenche totalmente o ferro ao qual ele se comunica. Da mesma forma, Deus, o Verbo, que «habitou entre nós», não saiu de Si mesmo. «O Verbo que Se fez Carne» não foi submetido à transformação ; o Céu não ficou desprovido de seu Conteúdo e, no entanto, a Terra acolheu em seu seio Aquele que está no Céu.
Deixe-se penetrar por este mistério: Deus Se faz Carne para matar a morte que na carne se esconde... «Quando a graça de Deus se manifestou para a nossa salvação» (Tt 2, 11), quando «levantou-se o Sol da justiça » (Ml 3, 20), «a morte foi tragada pela vitória» (I Co 15, 55) porque ela não podia coexistir com a vida verdadeira. Ó profundidade da bondade e do amor de Deus pelos homens! Rendamos glórias com os pastores, dancemos com os coros dos anjos, pois «hoje nos nasceu um Salvador que é o Messias, o Senhor» (Lc 2, 11-12).
«Deus, o Senhor, nos ilumine» (Sl 117, 27), não sob Sua aparência de Deus, para não apavorar nossa fraqueza, mas sob Sua aparência de Servidor, a fim de transmitir a liberdade àqueles que estavam condenados à servidão. Quem teria o coração adormecido e indiferente o bastante para não se rejubilar, para não exultar, irradiar de alegria diante deste acontecimento? Esta é uma festa comum a toda a Criação. Todos deveriam contribuir para ela, ninguém deveria se mostrar ingrato. Nós também, elevemos a voz para cantar nossa alegria!

Tradução e Adaptação :
Gisèle do Prado
giseledoprado70@gmail.com

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=saintfeast&localdate=20101225&id=11286&fd=0
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=readings&localdate=20101225
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=FR&module=commentary&localdate=20101225
http://www.evangelhoquotidiano.org/zoom_img.php?frame=32618&language=PT&img=&sz=full
http://deus.smugmug.com/Travel/Morocco-2006/IMG5944/68560472_U5RbE-X2.jpg

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