mercredi 2 février 2011

02 de Fevereiro de 2011 – Quarta-feira – Festa da Apresentação do Senhor (Ofício Próprio) – Cor Litúrgica: Branco

Na Apresentação no Templo antevê-se a Cruz, sinal pleno da consagração do Filho de Deus e coroação de uma vida que, pela total fidelidade ao desígnio do Pai, foi sinal de contradição, suscitando adeptos e perseguidores. Tudo isto anunciou Simeão, antecipando aquilo que o próprio Jesus viria a revelar de si próprio, e que o Evangelho de São João testemunha abundantemente: “Eu vim em nome de meu Pai, e vós não me recebeis” (Jo 5, 43); “Eu vim a este mundo para proceder a um juízo: de modo que os que não vêem vejam, e os que vêem fiquem cegos” (Jo 9, 39); “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8, 12); “Quando tiverdes erguido ao alto o Filho do Homem, então ficareis a saber que Eu sou o que sou, e que nada faço por mim mesmo, mas falo destas coisas tal como o Pai me ensinou” (Jo 8, 28).
Em 1997, o Papa João Paulo II criou o 1º Dia da Vida Consagrada, associado à Festa da Apresentação do Senhor, institucionalizando, assim, uma prática crescente de reunião, nessa Festa, de membros de Institutos de Vida Consagrada e de Sociedades de Vida Apostólica, para manifestar, em união com o Papa e os Bispos, e na comunhão com toda a Igreja, o dom e o compromisso da vida consagrada, na pluralidade das suas expressões e carismas.
Contemplando Aquele que foi entregue ao Pai para fazer a Sua vontade, os consagrados (religiosos, religiosas e leigos) são convidados a agradecer a Deus os dons e as graças recebidas, e a conscientizar e dar um novo impulso à vida consagrada, imitando os traços característicos de Jesus pelo cumprimento dos conselhos evangélicos. Assim, O tornarão mais visível na normalidade da vida quotidiana; ajudarão os outros membros da Igreja a redescobrir, no confronto das suas vidas com a radicalidade da entrega dos consagrados, as exigências da vocação batismal e os caminhos de santidade a percorrer; e serão também, para a humanidade, motivo de interpelação profética e de atração para o Reino de Deus, já presente e aguardando realização plena.
D. Tomaz Silva Nunes

Malaquias 3, 1-4
“Eis que Eu vou enviar o meu mensageiro, a fim de que ele prepare o caminho à minha frente. E imediatamente entrará no seu santuário o Senhor, que vós procurais, e o mensageiro da aliança, que vós desejais. Ei-lo que chega!” –, diz o Senhor do universo.
Quem suportará o dia da sua chegada? Quem poderá resistir, quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do fundidor e como a barrela das lavadeiras. Ele sentar-se-á como fundidor e purificador. Purificará os filhos de Levi e os refinará, como se refinam o ouro e a prata. E assim eles serão para o Senhor os que apresentam a oferta legítima.
Então, a oferta de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor como nos dias antigos, como nos anos de outrora.

Salmos 24, 7-10
Ó portas, levantai os vossos umbrais!
Alteai-vos, pórticos eternos,
que vai entrar o rei glorioso.
Quem é esse rei glorioso?
É o SENHOR, poderoso herói,
o SENHOR, herói na batalha.
Ó portas, levantai os vossos umbrais!
Alteai-vos, pórticos eternos,
que vai entrar o rei glorioso.
Quem é Ele, esse rei glorioso?
É o Senhor do universo!
É Ele o rei glorioso.

Evangelho segundo São Lucas 2, 22-40
Quando se cumpriu o tempo da sua purificação, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo o primogênito varão será consagrado ao Senhor» e para oferecerem em sacrifício, como se diz na Lei do Senhor, duas rolas ou duas pombas.
Ora, vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel. O Espírito Santo estava nele. Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não morreria antes de ter visto o Messias do Senhor. Impelido pelo Espírito, veio ao templo, quando os pais trouxeram o Menino Jesus, a fim de cumprirem o que ordenava a Lei a seu respeito.

Simeão tomou-o nos braços e bendisse a Deus, dizendo:
«Agora, Senhor, segundo a tua palavra,
deixarás ir em paz o teu servo,
porque meus olhos viram a Salvação
que ofereceste a todos os povos,
Luz para se revelar às nações e glória de Israel, teu povo.»

Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que se dizia dele. Simeão abençoou os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; uma espada trespassará a tua alma. Assim hão de revelar-se os pensamentos de muitos corações.»
Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, a qual era de idade muito avançada. Depois de ter vivido casada sete anos, após o seu tempo de donzela, ficou viúva até aos oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, participando no culto noite e dia, com jejuns e orações. Aparecendo nessa mesma ocasião, pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.
Depois de terem cumprido tudo o que a Lei do Senhor determinava, regressaram à Galiléia, à sua cidade de Nazaré. Entretanto, o menino crescia e robustecia-se, enchendo-se de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele.

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo
Homilias sobre o Evangelho de São Lucas, n.º 15 (a partir da trad. SC 87, p. 233, rev.)
«Ir em paz»
«Uma mulher tocou na orla do manto de Jesus e ficou curada» (Mt 9, 20). Se esta mulher, ao tocar a extremidade do Seu manto, daí retirou tantos benefícios, o que dizer de Simeão, que «O tomou nos braços» e, tomando-O, deu largas à sua alegria vendo que segurava a criança vinda ao mundo para libertar os cativos (Lc 4, 18) e que ele próprio se veria em breve liberto dos laços do corpo? Simeão sabia que ninguém podia fazer sair fosse quem fosse da prisão do corpo com os olhos postos na vida futura a não ser Aquele que segurava nos seus braços. E assim se dirige a Ele: «Agora, Senhor, deixarás ir em paz o Teu servo, porque todo o tempo que não tive a Cristo, todo o tempo que O não apertei nos meus braços, estive prisioneiro e não pude sair desses laços.»
De resto, não é só acerca de Simeão, mas de todo o gênero humano, que temos de entender estas palavras. Se alguém deixa este mundo, se alguém se liberta desta prisão e desta morada de cativos para alcançar a realeza, que pegue em Jesus com as suas mãos e O aconchegue nos seus braços, que O tenha todo junto ao coração e assim, doido de alegria, se dirija aonde quiser.

Fontes:
http://www.evangelhoquotidiano.org/main.php?language=PT&module=commentary&localdate=20110202

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